O óleo extraído da gordura da tartaruga-da-amazônia está sendo usado para fabricar produtos de beleza, como xampus, sabonetes e hidratantes. O principal uso comercial do bicho, até agora, era a produção de carne para pratos tradicionais, como a sopa de tartaruga.
Com a venda de cerca de 5.000 unidades de cosméticos por mês, José Roberto Ferreira Alves, dono de uma fazenda com 27 mil animais em Araguapaz (GO), fatura entre R$ 130 mil e R$ 150 mil, enquanto a carne de tartaruga não renderia mais que R$ 25 mil por mês.
Silvana Andrade, presidente da Anda (Agência de Notícias de Defesa dos Animais) afirma que tanto o óleo de tartaruga como a carne podem ser substituídos por produtos de base vegetal. “Não há justificativa ética para se matar animais para o consumo”, disse em entrevista ao “UOL”.
A criação de tartarugas com fins comerciais é permitida no país, desde que haja autorização e fiscalização do Ibama.