Frédéric Depypère, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Barry Callebaut AG, maior fabricante de chocolate a granel do mundo, anunciou que está pronto para começar a vender um chocolate que derrete na boca, mas não nas mãos. Ele diz que sua equipe pode produzir um chocolate capaz de permanecer sólido a temperaturas de até 38 graus Celsius sem derreter — cerca de 4 graus a mais que a maioria dos chocolates de hoje. Seria ideal para países de clima mais quente.
Embora a Callebaut esteja liderando a corrida, a Nestlé vem logo atrás. A fabricante das marcas KitKat e Cailler diz que desenvolveu um chocolate que mantém seu formato com uma temperatura de até 40 graus e que os produtos poderiam chegar às prateleiras dentro de três anos.
Desde 1970, mais de 90 patentes relacionadas ao tópico foram registradas e pelo menos metade delas remete a mais de duas décadas atrás. Para os chocolatiers, o principal problema tem sido fazer com que o produto tenha o gosto e provoque a sensação de – surpresa– chocolate.
“Um dos caminhos mais usados tem sido modificar o sistema de gordura para que ele derreta a uma temperatura mais elevada, mas se a gordura não derreter na boca, você fica com uma gordura sólida com gosto de vela”, disse Steve Whitehouse, cientista da operação de pesquisa da Nestlé em York, na Inglaterra.
Fonte: UOL Economia/Bloomberg Business | Foto: Barry Callebaut AGhttp://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2015/06/25/dedos-grudentos-sao-coisa-do-passado-chegou-o-chocolate-para-lugares-de-clima-quente.htm