Em março de 2013, o garoto Gabriel Sampaio foi fazer mais um trabalho fotográfico. Ele nem sabia que a sessão de fotos seria com o Cafu para a Liberty, que se tornou não só publicidade da marca, mas figurinhas do álbum oficial da Copa.
Gabriel tinha 6 anos na época e só descobriu quem era o Cafu com a ajuda da mãe, Adelita. “Foi muito rápido, mas o Cafu me tratou muito bem”, recorda-se o menino.
Surpreendentemente, Gabriel ainda não tem a figurinha com a própria imagem. “Eu quero ter, mas ainda não consegui”, explica ao “UOL”. A mãe de Gabriel cria ele e o irmão Natan, de 14 anos, sozinha, numa casa alugada em Barueri. Ela trabalha como frentista, mas acaba de perder o emprego.
O cachê médio em um trabalho costuma ser entre R$ 300 e R$ 500. Para completar o álbum da Copa, se a pessoa não tirasse nenhuma figurinha repetida, seria, necessários no mínimo R$ 134. “Não posso gastar isso com figurinha hoje. O Gabriel está chateado por não ter nem a dele”, conta Adelita.
A estampa não rendeu fama ao “menininho da Liberty”. Nada de ser reconhecido na rua, nem mesmo na banca de jornal onde eventualmente compra figurinhas.
Agora, ele quer um álbum de capa dura e as figurinhas que faltam, para ter uma recordação da Copa em que participou do álbum.
Fonte: UOL Copa/Verônica Mambrini
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/06/02/achamos-o-menino-do-cromo-patrocinado-e-ele-nao-tem-a-propria-figurinha.htm